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Cabeçalho 5

Noticias

As mais novas informações do mundo indigena

Fonte: Banco de dados LAET

Foto:Laboratório Etnoterritorial (LAET) 

“QUE SEJA APENAS O COMEÇO DAS REPARAÇÕES”:
CARTA DE MANIFESTAÇÃO DA COMISSÃO GUARANI DA VERDADE SOBRE A COMPRA DE 3 MIL HECTARES COM VERBAS DA ITAIPU:

A Comissão Guarani da Verdade (CGV) criada em 2015, após a publicação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (10/12/2014) vem a público manifestar sua posição sobre a destinação de verba para a compra de 3 mil hectares de terra para o povo Guarani na região Oeste do Paraná.
Foram muitos anos de espera, de manifestações e documentos pedindo que as reparações ocorressem. Tivemos que pedir ao Ministério Público Federal para ingressar com uma Ação Civil Originária na suprema corte, porque havíamos perdido as esperanças da Binacional reconhecer a dívida histórica. Hoje estamos colhendo os resultados desse trabalho. 
Diante do contexto atual manifestamos a seguinte posição:
1 – Ficamos felizes com a decisão tomada no âmbito da ACO 3555, porque ela demonstra que de fato nosso povo teve seus direitos desrespeitados;
2 – Essa iniciativa pode ajudar a reduzir a violência que ocorre contra nosso povo, em especial no que tange a demarcação de terras, mas também diminuir os venenos que nosso povo absorve cotidianamente com as lavouras do agro que chegam nos nossos pátios;
3 – Em que pese a importância do ato, entendemos que é um paliativo, semelhante ao que ocorreu em 1982, meses antes da formação do lago, quando a Itaipu assentou a comunidade do Ocoy/Jacutinga no atual Ocoy em 250 ha, como local provisório;
4 – Esperamos que essa compra não se transforme novamente em um provisório/permanente, como ocorreu com o Ocoy;
5 – A ACO 3555 não pode ser extinta, ela precisa seguir assim como as negociações para compra de mais terras e de outras medidas que precisam ser executadas; 
6 – Precisamos conversar sobre a devolução de todas as terras alagadas como outras iniciativas, que ajudem a construir uma reconciliação na região, onde nossos parentes não sejam mais acusados de estrangeiros e tratados com violência e preconceito;
7 – Também precisamos discutir as medidas relativas à extinção dos lugares sagrados como o próprio rio Paraná, as Sete Quedas, bem como a apropriação e desconstrução do nome “Itaipu” pela binacional;
8 – As reparações precisam ocorrer também com nossos parentes que moram do outro lado do lago, no Paraguay. A Itaipu é Binacional e nosso povo ocupa os dois países, as duas margens, muito antes de existir Brasil e Paraguai; 
9 – Por fim, lembramos que precisam iniciar as reparações pelo Incra, que roubou a terra do Tekoha Guarani em Foz do Iguaçu em 1975; que fez um programa de reassentamento denominado PIC Ocoi I e II sobre nossas aldeias, que queimou nossas casas etc; também a Funai e Parque Nacional do Iguaçu que fizeram remoções forçadas e outros crimes; o Estado do Paraná que cedeu nossas terras a empresas colonizadoras;
10 – Precisamos que sejam criadas medidas especiais de reparação às pessoas e famílias que foram violentamente removidas pelos atos da Funai, Incra e Itaipu, com fundos reparadores permanentes. 
Enfim, são diversas as demandas por reparação que precisam ser tratadas no âmbito da ACO 3555, por isso as conversações não podem parar.  
Tekoha Ocoy, 23 de março de 2025

Comissão Guarani da Verdade

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Missão de Direitos Humanos visita terras indígenas convertidas em ‘zonas de guerra’

Uma missão de Direitos Humanos percorre terras retomadas pelos Avá-Guarani e Guarani e Kaiowá que estão sendo duramente atacadas. Indígenas feridos a tiros, incêndios criminosos, sequestros, agressões físicas, racismo nas cidades do entorno e uso de agrotóxicos em ataques dissimulados. Da guerra química às táticas incendiárias, são cerca de duas dezenas de Guarani feridos em ao menos dez ataques de grande porte nos dois estados. Ler mais

Evento sobre a criação da Universidade Indígena

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Nesta quarta-feira (11), uma delegação da UNILA composta por estudantes indígenas de diferentes povos participou do Seminário Regional Sul de escuta para implementação e criação da Universidade Indígena. Uma iniciativa dos ministérios da Educação (MEC) e dos Povos Indígenas (MPI), o evento foi realizado na Universidade Federal da Fronteira Sul - Campus Chapecó/SC. Também fizeram parte da delegação da UNILA o professor Clovis Brighenti, presidente da Comissão de Acesso e Permanência dos Povos Indígenas (CAPPI); e Fernanda Sobral, chefe da Seção de Bancas da Secretaria de Ações Afirmativas e Equidade (SECAFE).

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Feminicídio indígena cresce 500% em 10 anos; Paraná está acima da média nacional

Entre 2003 e 2022, os casos de feminicídio de mulheres e adolescentes indígenas no Brasil aumentaram alarmantes 500%, com as vítimas sendo predominantemente jovens, solteiras e com menor escolaridade. A região Sul apresenta uma taxa de mortalidade significativamente alta, com 4,5 mulheres mortas por 100 mil, número muito acima da média nacional. Leer mais.

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AUDIÊNCIA PÚBLICA: GARANTIA DE VIDA E TERRITÓRIO DO POVO XETÁ

O povo Xetá, reconhecido como o último grupo indígena contatado no sul do território brasileiro, possui uma história marcada por resistência e resiliência frente a episódios de violência e expropriação de suas terras ancestrais. A audiência pública será uma oportunidade valiosa para conhecermos mais sobre sua trajetória e os desafios enfrentados atualmente.

Contamos com a sua presença para enriquecermos este importante debate e buscarmos juntos caminhos para promover a garantia dos direitos e da dignidade do povo Xetá.


LOCAL: Auditório da CCJ - Assembleia Legislativa do Paraná 
DATA: 09/04/2024 
HORÁRIO: 18:00h

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